Nina (Thiago Zíngaro)
O nome dela é Nina
está em busca de boas siglas
para definir o seu caos romântico
declamava com leveza
poemas cínicos num cemitério de listas telefônicas
defendia o gueto
e o direito de defender
ela se percebeu azul
eu a percebi correta
sorri:
páginas
amarelas são melhores que dentes amarelos
nos finais de semana,
ela criava naves num ferro-velho
do bairro
sobrevoava linda por toda Venda Nova
coração partido e vento nos cabelos
Nina pra mim é força
anomalia da natureza
uma inspiração caridosa
uma luz desconhecida
tecnologia de ponta
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