Zíngaro's Place

Preciso me reinventar Buscar outros tratados em mim Tratar de ser novo no verso e no reverso Dizer o quanto amo e me jogar sem medo  Prometer que nada prometerei Sentir novamente as novidades Deslizando Desfazendo nós Dores do atacado, do varejo Deixar clara a violência do silêncio onde se espera se exprime todo caos a ser evitado Caos por mais que preciso ou precioso

Não há música aqui mas tem a foto linda desse nosso beijo tem a lembrança marcante da tua voz coisas simples que v ê m de nós cujo nome nem sei nenhuma voz no mundo me faz tão bem em qualquer tom em qualquer proposta onde não cabem palavra s, insiro reticências onde está o óbvi o, reafirmo amar não é só preciso é o único sentido ...

Tempo de jogos e de grandes azeitonas Deslizávamos pelo hall em tardes que não pesavam como chumbo Brincávamos numa casa rubra de um deus de azulejo Discos de padre Zezinho escada louca pra sinuca Pássaros na gaiola o diferente no sofá Bênção pra chegar bênção pra sair Tempos de jogos e de grandes azeitonas

A cabeça é um prato que se serve do mundo

É preciso sair da zona de conforto ... principalmente quando não existe conforto algum

Pra você, moça Pra você, moça da minha vida ... Te mostro discretamente as beiradas da saudade te entrego tudo te entrego aquilo que nem conheço te entrego até mesmo o reconhecimento de que sem você nada vale

O jornal vem e cumprimenta discretamente o retrovisor Notícias  populares, louco atrativo pra tantos A derrota do time esperada A modelo exposta como carne nobre O crime que ninguém se importa,mas é excitante ler a respeito

Poderia guiar com esse painel todo apagado Buscando mais delicias, sinal após sinal Essa gana por velocidade O destino é só um símbolo Isso eu te prometo O destino é só um símbolo A delícia tá no atrito das rodas Está no guiar Por essas vias Suas e minhas, Viva sempre Interprete como quiser

Se eu pudesse escancarar com expressões simples a admiração que tenho por essa sua incerteza e essa beleza clássica,clichê das formas, parque de desejo Nada em mim calaria, só pulsaria

Caminhava como alguém que pedia perdão Noite após noite No lindo e largo inverno dos pensamentos. Buscava alento  na sensação da chuva e do country triste Sua trilha para as recordações. Pensava não haver mais portas a bater. Delirava por não ter  bons bares pra encharcar. Nem bandas pra doar estórias pra ele viajar. Estranhava tanto o cara de capuz,que parecia um cocoon enfurecido. Ouvia Keith dizer que era verdade e,pelo timbre de guitarra que Keith trazia, devia ser mesmo. A noite gemeu simples e ele virou parte de um grafite.

O intenso choro foi inevitável Ficou tudo embaralhado Ela,tão simples e exata, Não se conteve Nem deveria  O úl timo encontro com sua mãe tinha sido tão rápido ... A rotina nem permitiu um abraço ... Agora o amor e o desespero queimavam nas lágrimas que desciam Furiosas Nunca mais Nunca mais tanta coisa Um adeus que chega sem permissão Vem assim de forma brusca Pedrada da vida ceifando sorrisos Sentia toda dor possível E era amplificada à medida que ouvia a si mesmo chorar.